sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Ferramenta digital criada na Unifor ganha prêmio em congresso nacional de odontologia

Ferramenta digital criada na Unifor ganha prêmio em congresso nacional de odontologia


Fonte: g1.globo.com




A tecnologia está cada vez mais inserida dentro das profissões. Médicos, jornalistas, administradores e juristas, entre outros, utilizam sistemas e aparatos tecnológicos não apenas por lazer, mas também para facilitar o cotidiano profissional de cada um. Nas escolas e universidades, novas maneiras de comunicar-se com o computador já estão sendo aplicadas. Tablets e celulares deixaram de ser apenas objetos de diversão para fazer parte do cotidiano de cada aluno. Pensando nisso, os professores da Unifor Marcelo Vitoriano, do curso de Odontologia, e Herbert da Rocha, do curso de Arquitetura, decidiram criar uma ferramenta digital que pudesse facilitar a vida dos futuros cirurgiões-dentistas.
“O projeto surgiu de uma ideia bem primitiva, fruto de situação recorrente que acontece nas salas de aula da odontologia. Quando o aluno começa a ter seus primeiros contatos com a anatomia dentária interna e externa, ele tende a analisar o dente bidimensionalmente, pois é assim que ele é mostrado nos exames de imagem. O aprendizado do estudante de graduação acaba sendo comprometido, porque ele fica limitado às modelagens em cera e resina, além das imagens e gravuras disponíveis em livros”, explica Marcelo. “Na Unifor, nós temos o projeto da Liga da Endodontia. Abordamos diversos temas, e um deles era como melhorar esse tipo de problema. Dentro do projeto, pensamos como seria possível fazer essa mudança. O que a gente tinha na cabeça era fazer um dente gigante em impressão 3D. Depois de entrar em contato com o professor Herbert, fui apresentado à realidade aumentada. A partir daí, iniciamos o projeto da ferramenta associada à odontologia”, complementa.
Herbert da Rocha explica que o dispositivo funciona por leitor óptico. “A câmera do celular ou tablet lê a imagem que está na apostila (física ou digital), mostrando no visor do dispositivo móvel o dente em realidade aumentada tridimensionalmente. O usuário pode, dessa forma, movimentar o dente, abri-lo, ter acesso às legendas com especificações das camadas dentárias e dos tratamentos que podem ser aplicados em cada uma delas”, explana Herbert. “A animação só está disponível no visor do dispositivo móvel que conter a ferramenta. De outra forma, não é possível a visualização”, explica.
A interdisciplinaridade promovida pelo ambiente universitário facilitou a comunicação entre os professores Marcelo e Herbert. Além disso, a dupla contou com a ajuda da TV Unifor, que produziu vídeo mostrando a funcionalidade do produto. Com o dispositivo em mãos, Marcelo e três de seus alunos, Luana Almeida, Fernando Tabosa e Talitta Lima, começaram a desenvolver os projetos escritos. Os frutos foram muitos. Além de ter sido tema do Trabalho de Conclusão de Curso de Talitta, o produto foi apresentado em dois congressos: Sociedade Brasileira de Pesquisa Odontológica (SBPQO), em Campinas-SP e o Congresso da Associação Brasileira de Ensino Odontológico (ABENO), em Curitiba-PR. A recepção do aplicativo nos congressos não poderia ter sido melhor. Além da receptividade do público, o aplicativo foi premiado em um dos congressos.
“Todos a quem apresentamos o dispositivo ficaram maravilhados e empolgados. Durante o congresso da ABENO, ganhamos prêmio e tanto a banca avaliadora quanto o público que nos assistia me procuraram para saber como que nós havíamos feito isso, se a ferramenta já estava disponível. Foi a melhor recepção possível”, relembra Marcelo. Para o professor Herbert Lima, que se considera um curioso da área da tecnologia, a aceitação do produto nesses congressos o deixou surpreso. “Eu não imaginava que a aceitação fosse ser tão positiva. Por minha área ser outra, jamais passou pela minha cabeça trabalhar com o pessoal da odontologia. Essa interação é algo que apenas a universidade consegue proporcionar. Como eu sempre foquei em tornar a experiência universitária do aluno cada vez mais enriquecida, esse projeto veio apenas para me provar que isso é possível de diversas formas”.
Ferramenta pode aperfeiçoar aprendizagem
Fernando Tabosa, estudante do curso de Odontologia que representou a equipe do projeto no congresso da SBPQO, afirma que o produto é de grande importância para a vida acadêmica de quem faz odontologia. “E ir para um congresso fora da sua cidade, levando algo tão revolucionário para o país, foi simplesmente incrível. No banner, nós tínhamos um tablete que mostrava um vídeo do funcionamento do dispositivo. Quem passava, ficava curioso e logo perguntava se o aplicativo já estava disponível para uso”, relata Fernando. “Hoje em dia todo mundo usa tecnologia. Eu acredito que esta ferramenta poderá facilitar muito para nós, estudantes, para nós aprendermos cada vez mais. E com certeza revolucionaria a vida dos profissionais da área, porque a gente poderia mostrar aos pacientes o que está se passando no dente deles de maneira bem mais detalhada”, argumenta.
A cirurgiã-dentista Luana Almeida conta que foi chamada para fazer parte do projeto ainda quando era monitora do professor Marcelo. Ela relata que, durante uma de suas conversas com o professor, os dois comentavam como seria possível aumentar a qualidade de ensino dos alunos. “Hoje tudo é muito tecnológico. O papel e a caneta já tiveram seus dias gloriosos. Com o surgir das novas tecnologias como tablets e smartphones, ficou cada vez mais fácil ter acesso ao conteúdo que a gente estuda”, explica Luana. “É muito mais fácil para o aluno poder estudar o dente humano detalhadamente por meio de um dispositivo móvel”.
Talitta Lima, cirurgiã-dentista formada pela Unifor, usou o aplicativo desenvolvido pelos professores Marcelo e Herbert como objeto de estudo de seu Trabalho de Conclusão de Curso. Para ela, além de ser assunto intrigante por envolver outras áreas além da odonto, foi também um motivo para ela gostar ainda mais da profissão. “Entrei no trabalho de maneira bem despretensiosa. Conversando com a Luana, perguntei a ela quem que poderia ser meu orientador, dado que eu sempre quis fazer meu trabalho sobre endodontia. Ela logo me indicou o professor Marcelo, que me apresentou ao que se tornou meu tema de TCC e depois de ver a aplicação da ferramenta digital, minha empolgação só aumentou”, conta Talitta.
Já exercendo a profissão, Talitta conta que se tivesse o dispositivo, trabalharia com ele. “Eu acho sensacional você ter acesso a uma tecnologia que não só te ajuda durante sua formação, como também explica aos pacientes o que está acontecendo com ele. Acho que a odontologia precisa se inserir cada vez mais nesse novo mundo”, finaliza.

sábado, 22 de outubro de 2016

Médicos apelam para Justiça para terem o direito exclusivo sobre a Toxina Botulínica


Médicos apelam para Justiça para terem o direito exclusivo sobre a Toxina Botulínica
Alegando que a saúde dos pacientes está em risco, o Conselho Medicina quer proibir que os dentistas apliquem a Toxina Botulínica nos pacientes.

A toxina botulínica, popularmente conhecida como ‘botox’, é uma toxina produzida por uma bactéria que promove o efeito tensor sob a pele e o seu uso estético suaviza rugas e linhas de expressão na região da face. Agora, o direito de usar essa toxina está no centro de uma batalha judicial entre os #Médicose os dentistas.
No dia 1º de setembro de 2016, oConselho Federal de Odontologia aprovou as resoluções que regulamentam o uso da substância Toxina Botulínica por cirurgiões-dentistas, liberando, finalmente, o uso estético da substância em praticamente toda a face, em pacientes odontológicos. O uso para fins terapêuticos já era permitido há bastante tempo.
Os dentistas, então, passaram a ter uma autorização expressa para aplicar a Toxina Botulínica em seus pacientes, corrigindo também os aspectos estéticos, desde que não se extrapole a área anatômica de atuação da #Odontologia. O uso estético dessas substâncias deve ter como finalidade a harmonização facial em sua amplitude.
No entanto, a regulamentação dessas resoluções não agradaram os médicos que, através do seu Conselho Federal, impetraram uma ação na Justiça para conseguir a exclusividade na aplicação estético do produto. Afirmando, ainda, de que se trata de um típico caso de exercício ilegal da profissão. Agora, o caso tramita na Justiça, aguardando uma decisão. Enquanto isso, os médicos e dentistas continuam tendo o direito de aplicar a toxina nos pacientes.
A grande #Polêmica sobre esse assunto reside no fato de que alguns médicos, principalmente os dermatologistas, afirmam que certas regiões da face não são áreas de trabalho da Odontologia, ainda mais no âmbito estético. E, supostamente, alegam que essa prática pode ser um risco para o paciente, pois, para lidar com procedimentos faciais estéticos é preciso capacitação, habilitação e formação. A polêmica existe porque, na verdade, mexe com questões financeiras.
Rebatendo as acusações, os dentistas alegam que a face não é uma área de atuação exclusiva do dermatologista. E que os bons dentistas possuem uma formação em anatomia de face excelente, têm formação cirúrgica de qualidade e conhecimento técnico para realizar as aplicações com total segurança.
Polêmicas à parte, o papel da toxina botulínica na Odontologia pode ser tanto terapêutico como estético. Em pacientes com queixa de sorriso assimétrico, sorriso gengival e outras assimetrias faciais, a toxina botulínica pode ser usada para conseguir, mesmo que temporário, um equilíbrio muscular e harmonização estética.




Fonte: http://br.blastingnews.com/ciencia-saude/2016/10/medicos-apelam-para-justica-para-terem-o-direito-exclusivo-sobre-a-toxina-botulinica-001198879.html