segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

A IMPORTÂNCIA DOS TESTES BIOLÓGICOS E QUÍMICOS PARA GARANTIA A MONITORIZAÇÃO E BLOQUEIO DE INFECÇÕES GERADAS DE PROCEDIMENTOS NO CONSULTÓRIO

Em toda atividade odontológica, tão importante quanto o aprimoramento técnico e científi co é a conscientização dos riscos de contaminação durante o atendimento odontológico. A cada dia, pesquisas vêm demonstrando que, em todos os instrumentos odontológicos, dos mais simples aos mais sofi sticados,esconde-se um universo de microrganismos patogênicos (BUHTZ, 1995; FERREIRA,1995).


O consultório odontológico é um ambiente altamente contaminado seja por bactérias vindas da boca do paciente, pelas mãos dos cirurgiões dentistas e assistentes, por gotículas eliminadas durante o procedimentos, pelo aerossol contaminante ou pelos instrumentos e equipamentos contaminados. É uma atividade que expõe os pacientes, a equipe, o próprio cirurgião dentista e indiretamente seus familiares às mais diversas doenças infecciosas.

Segundo as estatísticas da Organização Mundial de Saúde, ¼ dos pacientes que vão aos consultórios levam consigo inúmeras doenças que podem ser transmitidas aos outros pacientes ou ao dentista e sua equipe. Isso faz com que os profi ssionais de odontologia ocupem o 3° lugar entre os profissionais infectados¹. Dentre as doenças encontramos:  a catapora, conjuntivite herpética, herpes simples, herpes zoster, mononucleose infecciosa, sarampo, rubéola, pneumonia, papilomavírus humano, HIV, tuberculose, além das hepatites tipo C e B, as quaisos dentistas são respectivamente ,13 e 6 vezes mais suscetíveis de contrair.

Seja para evitar a contaminação do profi ssional ou a contaminação do paciente, a biossegurança nos consultórios odontológicos é mais valorizada a cada dia. Biossegurança “é o conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento, tecnologia e prestação de serviço visando à saúde do homem, dos animais, a preservação do meio ambiente e a qualidade dos resultados” [CTbio / FIOCRUZ], e Biossegurança

Odontológica, mais precisamente, é o conjunto de medidas criadas para evitar a contaminação no ambiente odontológico. Segundo a Dra Lusiane Camilo Borges, 70% dasdoenças adquiridas pela equipe odontológica são advindas da boca do paciente e normalmente pelas vias aéreas por meio da dispersão do aerossol. A maioria dos dentistas desconhece que, para se infectar ou transmitir infecção para alguém, não é preciso necessariamente o contato sangue-sangue. A inspiração do ar contaminado (aerossol) ou o contato saliva-sangue faz com que ocorra a propagação da contaminação. Na clínica odontológica, a infecção cruzada, que é a transmissão de microorganismosde pessoa a pessoa (paciente-profi ssional, paciente-paciente e profissional-profi ssional) através de contaminação aérea, de objetos ou instrumentos contaminados é dada através de 3 veículos (sangue, saliva e instrumental contaminado) e 2 vias de contaminação: Inalação (spray de aerossol das turbinas) e Inoculação (pérfuro-cortantes).

Há anos existem recomendações para a melhoria da biossegurança nos consultórios, mas parte dos profissionais ainda se mostra resistente à adoção de medidas de controle de infecção. Depois do aparecimento da AIDS, no início da década de 80,as comunidades de saúde foram alertadas para o real perigo da transmissão ocupacional de doenças infecciosas, iniciando-se um forte movimento para adoção de um programa para controle de infecção cruzada nos serviços de saúde, visando reduzir os riscos tanto para profissionais quanto para pacientes (RUNNELLS, 1988).
 
 
A contaminação cruzada ocorre de maneira  simples, basta observar os movimentos de um cirurgião dentista durante um procedimento. O profissional pode ter se preocupado com a esterilização e disposição dos instrumentos, lavado as mãos corretamente e colocado as luvas. Porém, um simples reposicionamento do equipo ou do refletor sem barreira ou um material retirado da gaveta, ou a uso de materiais que não sofrem autoclavagem, já é sufi ciente para a contaminação dessas partes. Além disso, o aerossol é capaz de contaminar todas as superfícies expostas na sala.






MONITORAÇÃO BIOLÓGICA








O monitoramento biológico é o único que efetivamente comprova a esterilização. Os indicadores podem ser encontrados sob a forma de tiras impregnadas com esporos ou em ampolas. Para validação do processo em autoclave usa-se o Bacillus stearothermophilus , que é destruído pela exposição ao vapor durante 12 minutos a 121º C. Para realização deste procedimento em estufa, usa-se o Bacillus subtillis , destruído a 160º C, por 2 horas.


Os pacotes contendo os indicadores biológicos devem ser tão semelhantes quanto possível, aos pacotes a serem esterilizados. As embalagens contendo os indicadores devem ser colocadas em locais onde o agente esterilizante chegue com maior dificuldade ( ex: próximo à porta, dreno ou no meio da câmara).


Depois de usados, os indicadores são incubados por 48 horas, com leitura em 24 e 48 horas. O crescimento de microorganismos neste período, indica falha na esterilização.




A monitoração física deve ser empregada em todos os pacotes e a biológica deve ser realizada, segundo alguns autores, pelo menos uma vez por mês. Idealmente, deveria ser realizada semanalmente.








Monitorização química e biológica (indicadores) em autoclaves, como fazê-la? Perguntas mais freqüentes.




















1- Controle da esterilização, como fazê-lo?





A monitorização nada mais é do que o controle de qualidade da esterilização. É indispensável de ser feito independente do seu método de escolha. As falhas na esterilização podem ocorrer devido a erros:





• do operador


• equipamento


• instalação


• falhas combinadas






Este controle visa diminuir estas falhas e principalmente detectá-las.


A monitorização compreende as etapas:






Monitorização Física


A monitoração física, em autoclaves como as da Cristófoli, realizada no consultório pelo operador, consiste em verificar, se a autoclave atinge os parâmetros físicos de tempo/ temperatura e pressão de acordo com o ciclo, modelo e o Manual de Instruções Cristófoli que acompanha cada equipamento.






Monitorização Química
Realizada utilizando indicadores químicos.


Classe 1*: Os indicadores de passagem são normalmente encontrados em fitas zebradas, que indicam se um determinado pacote passou pelo processo, não garantindo, porém a sua esterilidade. Devem ser utilizados em todos os pacotes externamente.


Classe 4*: Existem indicadores químicos multiparamétricos que deve ser usado em cada pacote. Mostram que houve penetração de calor e vapor, mas não garantem a esterilização.


Classe 5*: Integrador químico de uso interno, indicado para utilização em pacotes que serão esterilizados a vapor em parâmetros determinados mundialmente. Tem boa confiabilidade, porém se a temperatura for acima de 140°C o indicador aprova o ciclo independente da presença de vapor, o que é uma limitação.


Classe 6*: Emuladores para temperatura específica, 121o C ou 134o C, em tempos específicos e pré-determinados. O emuladores Browne (5,3 min 134°C), foram testados e aprovados na Cristófoli para ciclos em autoclaves Vitale 4, 12, 21, e as autoclaves Plena A. Devem ser utilizados rotineiramente. Prático, fácil de usar, de armazenar com leitura imediata.




Recomendamos que seja utilizado, pelo menos, no primeiro ciclo de esterilização de cada dia de trabalho. Tem grande confiabilidade e demonstram que o ciclo apresentou todas as condições (temperatura em presença de vapor por tempo suficiente) para que a esterilização tenha ocorrido.
*(de acordo com a ISO 11140).













quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

BRUXISMO AFETA 30 MILHÕES DE PESSOAS NO PAÍS E ESTÁ LIGADO A SONO RUIM




Não é só culpa do estresse. O bruxismo, disfunção caracterizada pelo ranger de dentes durante o sono que afeta cerca de 30% dos brasileiros, está associado a dificuldades respiratórias ao dormir.

É o que aponta uma pesquisa ainda inédita no Brasil divulgada , durante o Congresso Internacional de Odontologia, em São Paulo.



O trabalho, resultado de dez anos de estudos de um grupo de pesquisadores em dor orofacial, bruxismo e desordens do sono da PUC – Rio Grande do Sul, em parceria com o Hospital das Clínicas de Porto Alegre, foi publicado pelo The International Journal of Prosthodontics, órgão oficial do Colégio Internacional de Protesistas.



Doutor pela Universidade de Toronto e membro da Associação Gaúcha do Sono, o cirurgião-dentista Márcio Lima Grossi, coordenador do estudo, usou placas de avanço mandibular (popularmente chamadas de placas para ronco, por serem usadas para combatê-lo) em pacientes com bruxismo. Os resultados foram mais satisfatórios do que quando a placa específica contra o bruxismo foi usada.



A placa para ronco é um dispositivo que traciona a musculatura da garganta, facilitando a respiração. Segundo Rossi, ela amenizou o bruxismo em 27 das 28 pessoas avaliadas. Já os aparelhos específicos contra o distúrbio têm sucesso em apenas 40% dos casos.



“O bruxismo aparece durante micro-despertares do sono. A pessoa que tem dificuldades para respirar ou tem outros distúrbios do sono tende a ter despertares mais frequentes”, explica Grossi. Ele diz que o bruxismo é um mecanismo fisiológico. “Todo mundo tem um pouco de bruxismo. É algo que acontece naturalmente”, detalha. Mas o fenômeno passa a ser um problema quando há ranger de dentes e pressão sobre as mandíbulas.



Se não for tratado, o problema pode levar ao desgaste e à perda dos dentes, além de provocar dores de cabeça e lesões nas articulações da mandíbula, com prejuízos para a mastigação. Tudo isso ocorre porque a região não está preparada para ser usada com tanta intensidade: quem tem bruxismo chega a apertar os dentes 12 mil vezes por noite, enquanto um indivíduo normal o faz cerca de 280 vezes. Estalidos ao abrir a boca no despertar podem ser uma pista do problema.



O estudante Daniel Balsa, de 26 anos, descobriu o problema há seis anos. “Só fui saber que tinha quando meus dentes começaram a quebrar. Desde então uso a plaquinha para proteger os dentes enquanto durmo. Não acho que esteja só associado ao estresse”, diz.



Para os especialistas, há vários fatores envolvidos. “Pode ser uma rinite alérgica, uma posição errada da mordida ”, diz Cibele Dal Fabbro, doutora em medicina do sono pela Universidade Federal de São Paulo. O uso de substâncias estimulantes, como drogas e álcool, também interfere no quadro.



Especialista em distúrbios do sono, o dentista Eduardo Rollo explica que pacientes que sofrem de apneia do sono, o ronco, têm sete vezes mais risco de apresentar bruxismo. “Durante o ronco a pessoa encosta os dentes”, esclarece. O bruxismo é tratado por dentistas e amenizado pelo uso de uma placa feita de acrílico ou de silicone, sob medida para o paciente. Ela protege os dentes e custa cerca de R$ 300.





terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

INFORMATIVO SAÚDE - CÂNCER É A SEGUNDA PRINCIPAL CAUSA DE MORTE DE MUNDO.




OMS diz que a doença só perde para doenças cardiovasculares.

Fumo e obesidade pontuam como os principais fatores de risco.



No Dia Mundial do Câncer, lembrado nesta sexta-feira (4), a Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que a doença é a segunda principal causa de mortes em todo o mundo – perde apenas para doenças cardiovasculares.



Tumores no pulmão, nas mamas, no fígado e na região colorretal provocam a maioria dos óbitos registrados por câncer. A incidência da doença, de acordo com o órgão, pode ser reduzida por meio de estratégias de prevenção, de detecção precoce e de tratamento.



Fatores de risco

Os fatores de risco listados pela OMS e relacionados ao câncer incluem o uso de tabaco; infecções crônicas por vírus como o da hepatite B e o HPV; sobrepeso e obesidade; radiação; hábitos alimentares ruins; sedentarismo; abuso no consumo de álcool; e exposição a substâncias químicas.



Cento e cinquenta minutos (duas horas e meia) por semana de atividade física aeróbica moderada podem reduzir o risco de câncer de mama e de cólon, de acordo com uma pesquisa divulgada OMS. O órgão informou que a atividade física tem um papel importante na redução da incidência de certos tipos de tumores e que o sedentarismo é o quarto maior fator de risco quando se considera o total de óbitos registrados em todo o mundo.



De acordo com a OMS, atualmente, 31% da população global não pratica nenhum tipo de atividade física. O sedentarismo está associado a 3,2 milhões de mortes anuais, sendo 2,6 milhões em países pobres e em desenvolvimento, além de 670 mil óbitos prematuros (pessoas com menos de 60 anos).



Em 2008, quase 460 mil mulheres morreram em decorrência do câncer de mama e cerca de 610 mil homens por causa do câncer colorretal.



A orientação de 150 minutos por semana de atividade física aeróbica moderada vale para maiores de 18 anos. Entre 5 e 17 anos, a recomendação é de pelo menos 60 minutos de atividade física moderada ou alta.