quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

BRUXISMO AFETA 30 MILHÕES DE PESSOAS NO PAÍS E ESTÁ LIGADO A SONO RUIM




Não é só culpa do estresse. O bruxismo, disfunção caracterizada pelo ranger de dentes durante o sono que afeta cerca de 30% dos brasileiros, está associado a dificuldades respiratórias ao dormir.

É o que aponta uma pesquisa ainda inédita no Brasil divulgada , durante o Congresso Internacional de Odontologia, em São Paulo.



O trabalho, resultado de dez anos de estudos de um grupo de pesquisadores em dor orofacial, bruxismo e desordens do sono da PUC – Rio Grande do Sul, em parceria com o Hospital das Clínicas de Porto Alegre, foi publicado pelo The International Journal of Prosthodontics, órgão oficial do Colégio Internacional de Protesistas.



Doutor pela Universidade de Toronto e membro da Associação Gaúcha do Sono, o cirurgião-dentista Márcio Lima Grossi, coordenador do estudo, usou placas de avanço mandibular (popularmente chamadas de placas para ronco, por serem usadas para combatê-lo) em pacientes com bruxismo. Os resultados foram mais satisfatórios do que quando a placa específica contra o bruxismo foi usada.



A placa para ronco é um dispositivo que traciona a musculatura da garganta, facilitando a respiração. Segundo Rossi, ela amenizou o bruxismo em 27 das 28 pessoas avaliadas. Já os aparelhos específicos contra o distúrbio têm sucesso em apenas 40% dos casos.



“O bruxismo aparece durante micro-despertares do sono. A pessoa que tem dificuldades para respirar ou tem outros distúrbios do sono tende a ter despertares mais frequentes”, explica Grossi. Ele diz que o bruxismo é um mecanismo fisiológico. “Todo mundo tem um pouco de bruxismo. É algo que acontece naturalmente”, detalha. Mas o fenômeno passa a ser um problema quando há ranger de dentes e pressão sobre as mandíbulas.



Se não for tratado, o problema pode levar ao desgaste e à perda dos dentes, além de provocar dores de cabeça e lesões nas articulações da mandíbula, com prejuízos para a mastigação. Tudo isso ocorre porque a região não está preparada para ser usada com tanta intensidade: quem tem bruxismo chega a apertar os dentes 12 mil vezes por noite, enquanto um indivíduo normal o faz cerca de 280 vezes. Estalidos ao abrir a boca no despertar podem ser uma pista do problema.



O estudante Daniel Balsa, de 26 anos, descobriu o problema há seis anos. “Só fui saber que tinha quando meus dentes começaram a quebrar. Desde então uso a plaquinha para proteger os dentes enquanto durmo. Não acho que esteja só associado ao estresse”, diz.



Para os especialistas, há vários fatores envolvidos. “Pode ser uma rinite alérgica, uma posição errada da mordida ”, diz Cibele Dal Fabbro, doutora em medicina do sono pela Universidade Federal de São Paulo. O uso de substâncias estimulantes, como drogas e álcool, também interfere no quadro.



Especialista em distúrbios do sono, o dentista Eduardo Rollo explica que pacientes que sofrem de apneia do sono, o ronco, têm sete vezes mais risco de apresentar bruxismo. “Durante o ronco a pessoa encosta os dentes”, esclarece. O bruxismo é tratado por dentistas e amenizado pelo uso de uma placa feita de acrílico ou de silicone, sob medida para o paciente. Ela protege os dentes e custa cerca de R$ 300.





terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

INFORMATIVO SAÚDE - CÂNCER É A SEGUNDA PRINCIPAL CAUSA DE MORTE DE MUNDO.




OMS diz que a doença só perde para doenças cardiovasculares.

Fumo e obesidade pontuam como os principais fatores de risco.



No Dia Mundial do Câncer, lembrado nesta sexta-feira (4), a Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que a doença é a segunda principal causa de mortes em todo o mundo – perde apenas para doenças cardiovasculares.



Tumores no pulmão, nas mamas, no fígado e na região colorretal provocam a maioria dos óbitos registrados por câncer. A incidência da doença, de acordo com o órgão, pode ser reduzida por meio de estratégias de prevenção, de detecção precoce e de tratamento.



Fatores de risco

Os fatores de risco listados pela OMS e relacionados ao câncer incluem o uso de tabaco; infecções crônicas por vírus como o da hepatite B e o HPV; sobrepeso e obesidade; radiação; hábitos alimentares ruins; sedentarismo; abuso no consumo de álcool; e exposição a substâncias químicas.



Cento e cinquenta minutos (duas horas e meia) por semana de atividade física aeróbica moderada podem reduzir o risco de câncer de mama e de cólon, de acordo com uma pesquisa divulgada OMS. O órgão informou que a atividade física tem um papel importante na redução da incidência de certos tipos de tumores e que o sedentarismo é o quarto maior fator de risco quando se considera o total de óbitos registrados em todo o mundo.



De acordo com a OMS, atualmente, 31% da população global não pratica nenhum tipo de atividade física. O sedentarismo está associado a 3,2 milhões de mortes anuais, sendo 2,6 milhões em países pobres e em desenvolvimento, além de 670 mil óbitos prematuros (pessoas com menos de 60 anos).



Em 2008, quase 460 mil mulheres morreram em decorrência do câncer de mama e cerca de 610 mil homens por causa do câncer colorretal.



A orientação de 150 minutos por semana de atividade física aeróbica moderada vale para maiores de 18 anos. Entre 5 e 17 anos, a recomendação é de pelo menos 60 minutos de atividade física moderada ou alta.