Cirurgião-dentista explica os sintomas deste temor excessivo, e dá dicas de como o paciente pode ter uma experiência agradável durante uma consulta
É comum pessoas adultas torcerem o nariz quando precisam ir ao dentista. Pinças, brocas, alicates, seringas, agulhas e motores barulhentos não parecem oferecer pensamentos agradáveis. Talvez por isso, ir ao dentista seja uma daquelas tarefas que, com prazer, deixaríamos de fazer, se fosse possível. Mas será que a sensação da consulta é realmente desagradável ou existe algum tipo de fobia? Segundo o especialista em Saúde Bucal e Estomatologia, Sérgio Kignel, muitos pacientes sofrem de odontofobia, reação física não controlada, associada à figura do dentista e ao tratamento, e, a maioria apresenta os sintomas ainda na infância.
O especialista explica que é por meio das reações do paciente durante a consulta, que o dentista consegue identificar o medo. Os comportamentos típicos da odontofobia são suores abundantes, taquicardia e aumento da pressão arterial. Pode ocorrer também queda repentina de pressão, palidez e, às vezes, desmaio na cadeira, explica Kignel. Ainda segundo o dentista, este tipo de fobia tem diversas origens sendo que as mais frequentes são as experiências vividas no tratamento odontológico. Outras podem ser transmitidas à criança por pessoas diretamente no meio familiar ou mais indiretamente através dos meios de comunicação.
O cirurgião-dentista, porém, conta que há formas de deixar a experiência da consulta mais agradável. Por parte do profissional, a sedação é a técnica mais eficaz de evitar dores ao paciente, além da comunicação entre o especialista e o adulto, que é essencial para controlar ansiedades. Já os pacientes podem falar com o dentista sobre os seus medos, pois isso ajuda a aliviar a tensão. Outra orientação é pedir ao profissional que explique cada passo do tratamento e combinar com ele um sinal para que interrompa a ação caso a dor fique muito forte. Marcar consultas rotineiras também é uma forma de evitar doenças bucais mais graves em que o tratamento precisa ser mais agressivo.
No caso de crianças, a atuação do dentista é ponto crucial para que não se desenvolva o medo. É extremamente eficaz, por exemplo, quando o dentista elogia o comportamento da criança imediatamente após sua manifestação de medo. Jamais se deve ignorar ou negar os sentimentos da criança, e sim mostrar-se atento aos sentimentos, ou seja, a comunicação é de extrema importância nestes casos, conta o especialista.
Sobre o Dr. Sérgio Kignel
O Dr. Sérgio Kignel é especialista em Estomatologia, professor titular de Semiologia da UNIARARAS e Mestre e Doutor em diagnóstico bucal pela FOUSP-SP, sendo considerado uma das mais respeitadas referências em diagnóstico oral no Brasil.
À frente da tradicional Clínica Kignel, em São Paulo, o Dr. Sérgio é uma autoridade em neoplastias bucais, congressista nacional e internacional e autor de livros como Diagnóstico Bucal e Estomatologia, base do diagnóstico para o clinico geral, única obra de Odontologia a receber o 1º lugar do concurso Jabuti, em ciências da saúde.
Fonte: http://www.segs.com.br/saude/25424-medo-de-ir-ao-dentista-pode-ser-sinal-de-odontofobia.html
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