segunda-feira, 12 de julho de 2010

SERÁ QUE SOU HIPOCONDRÍACO?



De 4% a 7% dos pacientes ambulatoriais sofrem com a hipocondria. Definida como uma interpretação
errônea das sensações corporais corriqueiras, uma de suas características é a forte rejeição as opiniões médicas. Segundo o psicanalista José Atilio Bombana,  da Unifesp a doença é comum em ambos os sexos e, em geral surge entre os 20 e 30 anos de idade. O psicanalista eslcarece que o quadro é fonte de angústia constante para o paciente e sua família. "O segredo é o equilíbrio": a família não deve compactuar com a obsessão por visitas médicas, exames e procedimentos desnecessários, nem ignorar o doente".



QUAL É O LIMITE ENTRE O DESEJÁVEL CUIDADO COM A SAÚDE E A HIPOCONDRIA?

Cuidados com o próprio corpo são essenciais para nossa preservação. Os que ignoram completamente os sinais emitidos pelo organismo correm o risco de adoecer, entretanto, quando o cuidado é exagerado, a hipocondria passa a permear toda a vida da pessoa e ela viverá em função disso.

QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS SINTOMAS DA HIPOCONDRIA?

Medo e crença de estar gravemente doente são os sintomas centrais. Os outros sinais são a iniciativa de buscar serviços de saúde repetidamente, solicitar exames de modo exagerado, grande interesse por assuntos médicos e rejeição das opiniões dos especialistas. É frequente o conhecimentp de vários remédios, embora nem sempre se faça uso deles, por temor de algum prejuízo. Sintomas de depressão e ansiedade também são comuns, bem como preocupação excessiva com o corpo, o que faz que tentem pesquisá-lo e decifrá-lo diante dos mínimos índicios.


QUANDO É HORA DE PROCURAR AJUDA MÉDICA?

Tudo dependerá da intensidade dos sintomas, para o paciente seu comportamento é justificável, mas as vezes, ele mesmo percebe que está se prejudicando, é comum que alguém do círculo familiar perceba os excessos e sinalize. Pode acontecer que um médico mais atento identifique o problema.

HÁ CURA PARA A DOENÇA?

O curso da hipocondria tende a ser crônico e flutuante, existindo, porém, indicações de 1/3 ou até metade dos pacientes, apresente melhora significativa. Aqueles que se dispõem ao tratamento podem obter melhora, em graus diferentes.



Fonte: Revista Viva Saúde

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